A Executiva Nacional do União Brasil oficializou nesta segunda-feira, 8, a expulsão do ministro Celso Sabino (Turismo). A decisão foi tomada em reunião do comando da sigla e também determinou intervenção no diretório estadual do Pará, que passa a ser conduzido por uma comissão interventora.
A expulsão decorre da representação aberta após o ministro descumprir a orientação do União Brasil, anunciada em setembro, para que todos os filiados deixassem cargos no governo federal. À época, o partido decidiu se afastar formalmente da gestão Lula e cobrou a entrega imediata das pastas.
Mesmo diante da pressão pública e de sucessivos prazos internos, Sabino optou por permanecer no cargo. Ele argumentou que sair do posto comprometeria a agenda do ministério, especialmente em meio às preparações da COP30, que foi sediada no Pará. A resistência irritou dirigentes e abriu uma crise que se arrastou por meses.
O caso foi enviado ao conselho de ética do União Brasil, que já havia aprovado a expulsão do ministro, por unanimidade, na semana passada. A deliberação desta segunda apenas formaliza o desfecho do processo disciplinar e reforça o recado interno de que a sigla pretende impor disciplina aos filiados que ocupam funções no Executivo.
Com a saída forçada, Sabino perde a legenda no momento em que é citado como possível nome para a disputa pelo Senado em 2026. Ele segue no comando do Ministério do Turismo, mas agora sem vínculo com o partido pelo qual se elegeu deputado federal.
