Os petistas ainda não jogaram a toalha e apostam que, depois das férias de Fernando Haddad e da saída dele do governo, até fevereiro, o ministro da Fazenda acabe sendo convencido por Lula a disputar a eleição em São Paulo, seja como candidato ao governo ou ao Senado.

“Nada que uma boa conversa com Lula não resolva. E isso vai ficar para depois do Carnaval”, disse o deputado Jilmar Tatto, do PT de São Paulo.

Além de Fernando Haddad, os petistas esperam que Geraldo Alckmin dispute ou o governo ou o Senado no estado. Assim como Haddad, Alckmin tem dito que não quer.

Na avaliação de dirigentes ouvidos pela coluna, estão em curso mudanças no cenário político que podem ajudar no convencimento do ministro da Fazenda. Uma delas é a reaproximação do governo com alas do Centrão, a partir da indicação do novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano, ligado ao União Brasil, partido que é um dos principais aliados de Tarcísio de Freitas.

A ideia dos petistas é avançar sobre prefeitos do Centrão, inclusive por meio de Lula. Na quinta-feira, 18, por exemplo, o presidente divulgou um vídeo ao lado do prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva, do PSD, outra sigla da linha de frente de Tarcísio.

No vídeo, o prefeito elogia o presidente, que confirmou um investimento de R$ 1 bilhão para obras viárias na cidade.

“Tarcísio está muito desgastado com os prefeitos por causa de convênios não feitos, também há o problema de muitos pedágios nas rodovias”, avaliou Jilmar Tatto.