O ministro Sidônio Palmeira (Comunicação Social) tem um desejo para as eleições de 2026, segundo técnicos da ala política do governo ouvidos pelo PlatôBR. Ele espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrente nas urnas um candidato com o sobrenome Bolsonaro, seja ele o senador Flávio (PL-RJ) ou a ex-primeira-dama Michelle.
Os prognósticos de Sidônio e do seu entorno apontam que o petista tem chance real de ser reeleito no primeiro turno, caso dispute a corrida presidencial contra o filho ou a mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso pelos atos golpistas do 8 Janeiro. Como mostrou o PlatôBR, Sidônio deve ser um dos ministros a deixar o cargo em 2026 para assumir a campanha do petista.
A avaliação do ministro e de seus auxiliares é de que a família Bolsonaro cometeu uma sucessão de erros ao longo de 2025 que ajudaram a resgatar a popularidade de Lula e garantiram munição para atacar o futuro o adversário, qualquer que seja.
As declarações de Eduardo Bolsonaro contra o país, do próprio ex-presidente e de Flávio, que disse que tinha um preço para abandonar a candidatura, fazem parte do acervo que deve ser usado na campanha.
E mesmo que o candidato a presidente seja o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a aposta é de vitória de Lula. Segundo os auxiliares de Sidônio, Tarcísio ainda tem o desafio de ser conhecido nacionalmente.
A avaliação é de que ele pode ter bom desempenho no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, mas no Norte e no Nordeste o governador de São Paulo ainda é um desconhecido e onde Lula tem votações expressivas. A equipe do petista trabalha para ganhar em Minas Gerais e quer retirar votos de Tarcísio em São Paulo com um nome forte para disputar o Palácio dos Bandeirantes.
Nesse caso, o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin passa a ser uma opção, pois governou o estado por quatro mandatos, com votação expressiva no interior do estado. Alckmin, entretanto, quer continuar como vice.
