O Grupo Toky S.A. anunciou nesta segunda-feira, 29, um acordo com fundos de investimento que prevê restrições à venda de ações e a conversão de dívidas em papéis da companhia, que é dona da Tok&Stok. Segundo o comunicado, a operação pode reduzir o endividamento em cerca de R$ 152 milhões. Consideradas outras iniciativas recentes, a queda total da dívida supera R$ 227 milhões.
O fato relevante informa que fundos ligados à SPX Private Equity aceitaram limitar a venda de ações e de debêntures conversíveis — títulos de dívida que podem ser transformados em participação acionária. A medida busca conter a pressão imediata sobre a cotação dos papéis. Na prática, a empresa passa a dever menos, mas amplia o número de acionistas.
Maior conglomerado de varejo de casa e decoração do país, formado pela fusão entre Tok&Stok e Mobly, o grupo vem negociando com seus principais credores desde o segundo semestre, em uma tentativa de ganhar fôlego financeiro. Antes da fusão, a dívida era de cerca de R$ 600 milhões. A companhia não informa o valor atual do passivo.
Pelo acordo, o fundo DFS FIP, um dos maiores credores, se comprometeu a restringir a venda das debêntures que detém e a não solicitar a conversão voluntária de parte desses títulos. Outros fundos envolvidos assumiram compromissos semelhantes, mantendo fora do mercado a maior parte das ações que já possuem.
As limitações terão validade até abril de 2026 ou até a conclusão da renegociação das dívidas da Tok&Stok, o que ocorrer primeiro.
Em contrapartida, o Grupo Toky se comprometeu a retomar as tratativas com outros credores, em uma tentativa de reorganizar dívidas concentradas na operação da Tok&Stok, considerada um dos principais focos de desequilíbrio financeiro do grupo.
