Ex-ministro do governo Lula, o presidente do PDT, Carlos Lupi, quer atrair os petistas para a chapa de Alexandre Kalil ao governo de Minas. Ele contou à coluna que tem conversado com o presidente do PT, Edinho Silva, e quer apoio também do MDB no palanque mineiro.
Lupi deixou o Ministério da Previdência em maio, derrubado pelo escândalo do INSS, mas mantém linha direta com os petistas e já posiciona o partido pela reeleição de Lula.
“A candidatura do Kalil é altamente viável e é isso que atrai a aliança, a possibilidade de vitória”, afirmou.
O PT, no entanto, vê como palanque prioritário o do senador Rodrigo Pacheco, que deve ser preterido por Lula na escolha do novo ministro do STF — a vaga de Luís Roberto Barroso, ao que tudo indica, ficará com Jorge Messias.
O senador ainda não decidiu se concorrerá, mas tem dado sinais de que pode ser candidato à sucessão de Romeu Zema. Ele deve deixar o PSD, de Gilberto Kassab, e tem como possíveis destinos o MDB e o União Brasil.
Segundo Lupi, o PDT tem três candidaturas prioritárias nas eleições de 2026: Kalil, em Minas; Juliana Brizola, no Rio Grande do Sul; e Requião Filho, no Paraná. Ex-petista, Requião se filiou recentemente ao PDT, assim como o ex-prefeito de Belo Horizonte.
Se, por um lado, o PDT aposta em novas lideranças em três dos maiores colégios eleitorais do país, por outro lado a sigla vive uma crise no Ceará, onde perdeu seus dois principais nomes: os irmãos Cid e Ciro Gomes. Ciro retornou ao PSDB e Cid, no ano passado, filiou-se ao PSB. Os dois deixaram o PDT após romperem entre si.
“Na briga dos irmãos, quem perdeu foi o PDT”, resumiu Lupi, que afirmou estar buscando reorganizar o partido no estado.
