O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), em enfrentamento aberto com o ministro do STF, Flávio Dino, seu antecessor Palácios dos Leões e ex-aliado, mandou que todos os servidores estaduais cedidos para outros órgãos retornassem à suas funções originais. O decreto publicado na sexta-feira, 15, provocaria baixas no gabinete de Dino, que tem servidores do estado em sua equipe no Supremo.
O decreto de Brandão saiu em edição extra do Diário Oficial do Maranhão publicada no fim da tarde de sexta-feira. A medida foi tomada horas depois do afastamento do procurador-geral do Estado, Valdênio Caminha, por ordem do STF, em processo que apura nepotismo, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Para aliados de Dino, foi uma clara tentativa de retaliação. Brandão atribui a Dino o andamento processo, que já havia determinado outras exonerações no governo. A ação que motivou a decisão de Moraes é do Solidariedade.
Menos de 24 horas depois da ordem de Moraes, o governador editou novo decreto que anulou os remanejamentos de pessoal. O motivo principal, segundo ele, foi que a ordem geral para o estado provocaria baixas nas equipes de segurança da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.