Enquanto defende, ao menos em público, que Tarcísio de Freitas concorra à reeleição em São Paulo em 2026, Gilberto Kassab já admite a interlocutores muito próximos uma condição que faria o governador paulista se lançar à disputa pelo Palácio do Planalto no ano que vem: um cenário que mostre de maneira muito clara uma vitória sua.
Prognósticos cristalinamente favoráveis a opositores em 2026, diga-se, são uma condição difícil de imaginar. Apesar do governo Lula em baixa, sem grandes marcas a exibir até o momento, ainda falta muito tempo para a campanha e o petista, é inegável, seria um adversário duríssimo.
Conhecido pelo faro com que identifica os ventos políticos, Kassab tem dito em entrevistas que o melhor para Tarcísio seria concorrer ao Planalto em 2030, depois de dois mandatos em São Paulo e sem ter Lula como adversário na corrida presidencial.
Como já mostrou a coluna, o entorno do governador se divide entre dois grupos. Um deles aceita pelo valor de face quando ele diz que vai tentar mais quatro anos no Palácio dos Bandeirantes. O outro, ponderando a posição de Jair Bolsonaro em se dizer candidato até o fim, acha que Tarcísio vai jogar parado em relação à candidatura presidencial para só muito mais à frente decidir por qual caminho enveredar realmente.