Sem conseguir impedir a instalação da CPMI do INSS, o PT já traçou sua estratégia de atuação: focar na informação de que as fraudes contra os aposentados começaram em 2019, no governo de Jair Bolsonaro. A leitura do requerimento de abertura da CPMI está prevista para o dia 17 de junho.

O PT tentou transformar a CPMI em uma CPI no Senado, o que daria mais controle da narrativa. O partido alegou também que uma CPI teria resultado “mais rápido”. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no entanto, descartou a opção, mas deu mais tempo para o governo se organizar.

Os petistas sabem que a CPMI tem poder para desgastar o governo Lula, principal objetivo da oposição. Por isso, a orientação é que a base governista foque apenas nas fraudes que ocorreram entre 2019 e 2022, reforçando que o esquema começou no primeiro ano de Bolsonaro na Presidência da República.

Com o adiamento da abertura da CPMI, o governo espera que os trabalhos comecem apenas depois do recesso parlamentar, em julho. A expectativa é que as investigações da Polícia Federal já estejam mais avançadas e que surjam mais elementos para entender o início do esquema.