Diversas associações do setor de energia estão dialogando intensamente com lideranças parlamentares em busca da manutenção dos vetos no marco regulatório das eólicas offshore. O texto, que autoriza a exploração de energia em alto-mar por meio de outorga ou concessão, havia sofrido uma série de alterações no Congresso, como a inclusão de benefícios às termelétricas a carvão e gás natural, pontos vetados pelo presidente Lula.

O presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Marcos Madureira, disse à coluna que o diálogo tem sido intenso. A queda dos vetos representaria, segundo as associações, um impacto de R$ 19 bilhões nas contas públicas por ano até 2050.

“O nosso movimento quer mostrar que isso [a retirada dos vetos] seria um ônus para o consumidor. Todo parlamentar deveria estar se colocando contrário a essas emendas, ou seja, a favor da manutenção dos vetos”, afirma Madureira.

“Estamos fazendo o diálogo de maneira intensa, falando com os senadores, agendando com as lideranças, tanto da situação do governo quanto os da oposição, porque isso não é um projeto que favorece um lado ou outro. É um projeto que, se caírem os vetos, vai prejudicar toda a população. Por isso é que nós entendemos a necessidade desse projeto por todos os parlamentares, independentemente de qual seja a facção política deles.”

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do União do Amapá, disse a lideranças do Senado nesta quinta-feira, 10, que convocará sessão do Congresso Nacional para analisar os vetos pendentes de votação para 27 de maio.