Enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, oficializava o tarifaço sobre vários itens de exportação brasileiros para os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionava, em uma cerimônia, no Palácio do Planalto, a lei que proíbe o uso de animais em ensino, pesquisa e testes com cosméticos, e aumenta multas por infrações.

Ao fim do evento, Lula informou que chamaria uma reunião para discutir o alcance das taxações de Trump sobre a economia brasileira e ironizou o anúncio de Trump. “Eu estou saindo daqui porque eu vou me reunir ali, para defender outra soberania. A soberania do povo brasileiro em função das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos. Então, hoje para mim é o dia sagrado da soberania, soberania de coisas que eu gosto, dos animais e dos seres humanos”, disse Lula. 

O governo ainda avalia o impacto das sobretaxas impostas nesta quarta. Trump, assinou uma ordem executiva oficializando a imposição de tarifas de 50% sobre as importações de produtos brasileiros. A comunicação foi feita pela Casa Branca na parte da tarde. O texto fala em ameaças do Brasil à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.

A oficialização da sobretaxa se dá no mesmo dia em que o governo norte-americano impôs sanções financeiras ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator do processo sobre a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL-RJ) após as eleições de 2022.

Na comunicação em que oficializou o tarifaço, Trump alega que o governo brasileiro promove “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o presidnete Jair Bolsonaro (PL-RJ).