O vídeo que a deputada Erika Hilton publicou, nesta segunda-feira, 16, sobre sua interação com o rapper Oruam na última semana não repercutiu bem no PSol.

Lideranças do partido consideram que o arrependimento de Hilton em ter aconselhado Oruam a fazer “revolução com o pé no chão” e se organizar coletivamente dá ainda mais força para o discurso da extrema direita sobre a criminalização de rappers e funkeiros.

O conselho de Hilton a Oruam foi dado depois que o artista questionou o que poderia fazer diante da morte do jovem Herus Guimarães Mendes, atingido por um tiro durante uma operação policial no morro Santo Amaro, no Rio de Janeiro, no início do mês.

A deputada disse ainda que “desconhecia completamente todas as problemáticas e complexidades que existiam em torno” do rapper, que é filho do chefe do Comando Vermelho, Marcinho VP.

“A minha interação com ele, em momento algum, serviu para apoiar, endossar, legitimar ou inocentá-lo de qualquer posição, ou comportamento que ele venha a ter”, disse no vídeo.

Hilton também foi criticada pelo público LGBTQIA+ por aconselhar o rapper, que teria tido falas homofóbicas no passado.