Ricardo Nunes passou a campanha eleitoral dizendo que nomearia o seu vice, Mello Araújo, à Secretaria-Executiva de Assuntos Estratégicos da Prefeitura de São Paulo, mas seu companheiro de chapa acabou ficando de fora do primeiro escalão do governo.
Explicada por ambos como um acordo entre eles, sem ressentimentos públicos, a decisão tem motivado aqui e acolá algumas lamúrias entre aliados de Jair Bolsonaro, padrinho da indicação do policial militar reformado como vice do emedebista.
Fazendo as contas do espaço ocupado por cada partido na gestão do prefeito, um aliado de Nunes poda essas insatisfações cartesianamente.
Diz ele, objetivo: “Não dá pra reclamar. Tarcísio ficou ao lado do Ricardo o tempo todo na eleição e o Republicanos saiu com duas secretarias [Turismo e Inovação e Tecnologia]. Bolsonaro ficou em cima do muro, mas o PL tem dois secretários [Meio Ambiente e Parcerias e Desestatizações], um deles bolsonarista raiz, e o bolsonarismo ainda emplacou a Ângela [Gandra, secretária de Relações Internacionais]”.