A segunda condenação da Carla Zambelli pelo STF (Supremo Tribunal Federal), nesta sexta-feira, 22, será usada pelo governo brasileiro para tentar afastar a possibilidade de prisão domiciliar buscada pela defesa da deputada na Itália, enquanto o processo de extradição não é concluído. A nova pena imposta a Zambelli é de 5 anos e 3 meses de detenção, além da perda de mandato, por ter enquadrado à mão armada um militante petista em São Paulo, em 2022.

Zambelli está em uma prisão feminina nos arredores de Roma desde de 29 de julho, quando foi localizada pela polícia italiana com ajuda da Polícia Federal, após dois meses foragida. A defesa dela tenta levá-la para casa para aguardar o fim da análise da extradição pela Itália. O pedido do governo brasileiro foi feito com base na primeira condenação imposta à deputada pelo STF. Em maio deste ano, Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pela invasão dos sistemas eletrônicos do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A nova sentença, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma, deve atrapalhar os planos da deputada e de sua defesa. Dois dias depois de ser detida em Roma, o ministro Gilmar Mendes determinou a inclusão do caso da arma no processo de extradição. Os advogados de Zambelli informaram que vão recorrer, negaram os crimes e apontaram erro na pena estipulada.