A Petlove apresentou nesta semana uma nova manifestação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a fusão entre Petz e Cobasi. O movimento é uma das últimas tentativas de influenciar o caso, que será julgado em sessão do dia 10 de dezembro.

O documento enviado ao conselheiro José Levi questiona a nota técnica do Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do Cade. A manifestação afirmou que o órgão ampliou demais a definição de “mercado relevante” ao tratar pequenos petshops como concorrentes das grandes redes.

Com isso, segundo a Petlove, os efeitos de concentração da fusão teriam sido subestimados e os riscos pelo poder de mercado da empresa após a união acabou aparecendo menor do que realmente é.

No pedido ao Cade, a Petlove propôs que medidas após a fusão, se aprovada, incluam a venda de ativos como lojas, centros de distribuição, marca e bases de dados, a fim de permitir o surgimento de um concorrente de porte equivalente.

Além da empresa, o Instituto Caramelo e IPS Consumo também protocolaram nova petição no processo. As organizações reiteraram preocupações com aumento de preços, fechamento de pequenos estabelecimentos e impactos sociais.

A fusão havia sido aprovada em primeira fase, no início da análise pelo Cade, mas um recurso da Petlove levou o caso ao tribunal da autarquia, onde a avaliação se concentra agora.