Admiradores de Sebastião Salgado podem visitar sua última exposição até o início de junho, na comuna francesa de Deauville. O museu Les Franciscaines apresenta a coleção da Maison Européenne de la Photographie (MEP). O fotógrafo mais renomado do Brasil e um dos mais importantes do mundo morreu nesta sexta-feira, 23, aos 81 anos. Ele sofria as sequelas de uma malária contraída nos anos 90, na Tailândia.

Sebastião Salgado. Papua-Nova Guiné, 2008, Coleção MEP

Papua-Nova Guiné, 2008.        Foto de Sebastião Salgado/Coleção MEP

A exposição faz parte do Ano do Brasil na França e traz fotos belíssimas da relação dos humanos com a natureza e de grandes mazelas da humanidade, como a expedição de Salgado na África, em 1984, quando ele mostrou a devastação da seca e da fome.

Há também cenas de trabalhadores imigrantes na Europa, de 1977 a 1984, além de retratos da América Latina e de outras partes do mundo. A exposição fala também da coleção “Êxodos”, produzida de 1993 a 2000, e “Gênesis”, que se encerrou em 2012.

Sebastião Salgado, Gisement de pétrole du Grand Burhan, Koweit, 1991, Collection MEP, Paris

Trabalhador de petróleo no Kuwait, em 1991.  Sebastião Salgado/Coleção MEP

Salgado vivia parte do tempo na França, com a esposa, a ambientalista Lélia Salgado, com quem foi casado por 61 anos. Deixa dois filhos, o cineasta Juliano, de 51 anos, e o pintor Rodrigo, de 45 anos. Rodrigo se especializou em vitrais que agora adornam a igreja do Sacré-Coeur, de Reims, a 130 quilômetros de Paris.