Conhecido como Playboy, o jovem Vitor dos Santos Lima foi morto com um tiro na cabeça por agentes do Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro (Bope) que não estavam usando câmeras corporais. A operação na Rocinha aconteceu na terça-feira (17/12).
Vídeos gravados pelo advogado da família de Lima, Alberico Montenegro, mostram que os agentes do Bope na região da Dioneia, área da comunidade onde Playboy foi morto, não estavam com câmeras corporais. Questionados por Montenegro, os policiais disseram que o tema deveria ser tratado “com o comandante”, o tenente-coronel Hugo Roberto Silva Reis.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal obtido pela coluna, Lima foi atingindo por três tiros de fuzil na cabeça. Apontado pela polícia como segurança de Johnny Bravo, o chefe do tráfico da Rocinha, Playboy levava apenas a chave de casa, segundo laudo de apreensão da Polícia Civil.
Em junho deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou que todos os policiais do Rio de Janeiro, até de batalhões especiais, usassem câmeras corporais em operações.
A decisão não foi cumprida na operação da Rocinha. Nesta quinta-feira (19/12), o governador Cláudio Castro disse que iria punir os policiais que estavam sem câmeras. O erro, entretanto, segundo os policiais disseram no vídeo obtido pela coluna, foi do comandante do Bope.