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‘Ainda estamos aqui’, então, ‘longa vida à democracia brasileira’

Falas do presidente Lula e do ministro da Justiça marcam este 8 de janeiro. Executivo, legislativo e judiciário exaltam a liberdade. O PlatôBR destaca alguns números desses dois anos da história política do país

Ilustração: Daniel Medeiros/PlatôBR
Ilustração: Daniel Medeiros/PlatôBR

“Estamos aqui porque é preciso lembrar, para que ninguém esqueça, para que nunca mais aconteça”. A frase do presidente Lula em evento no Palácio do Planalto marcou os dois anos dos atos antidemocráticos que vandalizaram prédios, equipamentos e obras de arte dos três poderes da República e que faziam parte de plano de golpe de Estado.

“Ainda estamos aqui para dizer que estamos vivos e que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de janeiro de 2023”, enfatizou Lula. “Longa vida à democracia brasileira”, resumiu o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça). “Da democracia jamais desistiremos”, destacou o ministro Edson Fachin (STF).

Dois anos depois, prédios e estruturas foram reconstruídos, obras de artes recuperadas, móveis e equipamentos consertados. Além disso, pessoas foram acusadas, julgadas, muitas condenadas, outras inocentadas e novos fatos descobertos num desdobramento que faz o 8/1/23 seguir presente na história política recente do Brasil. Relembre em números um pedaço dessa história.

901 pessoas

envolvidas nos atos de 8/1 foram investigadas e responsabilizadas. O Supremo condenou 299 golpistas pelos ataques e outros 126 por incitação aos crimes. Outras 476 pessoas assinaram acordos de não-persecução penal, propostos pelo Ministério Público Federal. Ao todo, 122 são consideradas foragidas, das quais 61 são alvos de pedido de extradição.

56 milhões de reais

é o tamanho do prejuízo estimado com a destruição de prédios, bens, obras de arte que foram destruídos em 8 de janeiro de 2023. A Advocacia-Geral da União entrou com 27 ações de cobrança contra os condenados criminalmente para cobrar o ressarcimento.

1760 horas

foi o tempo, segundo o presidente Lula, necessário para que as obras de artes do Palácio do Planalto destruídas nos ataques de 8/1 fossem restauradas e devolvidas ao governo.

40 indiciados

em outro inquérito que trata da tentativa de golpe. Os atos de 8 de janeiro são tema também do inquérito contra a tentativa de golpe de Estado, que tem 40 indiciados, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os generais Walter Braga Neto e Mário Fernandes, que estão presos.

Existem ainda investigações em andamento contra financiadores, incitadores, executores e autoridades como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e os comandantes da Polícia Militar e o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres.

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