Depois da condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, integrantes da ala hoje majoritária no STF, de ministros mais alinhados a Alexandre de Moraes a respeito do golpismo, têm dito não haver margem para que prospere qualquer articulação bolsonarista junto à Corte por uma anistia — seja ela ampla ou restrita.

A leitura é que qualquer texto dessa natureza é pura e simplesmente inconstitucional e fere cláusulas pétreas da Constituição.

Aliados de Jair Bolsonaro dizem que vêm sondando ministros do STF sobre o assunto, considerando uma eventual aprovação do texto no Congresso. As conversas miram nomes como Luiz Fux, que votou para absolver Bolsonaro, e André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados por Bolsonaro ao Supremo.

Jogo jogado. O detalhe nada desprezível são os outros oito integrantes do STF, dos quais quatro condenaram o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão, em um julgamento publicamente apoiado por ao menos mais dois: Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, presidente e decano do Supremo, respectivamente.