A derrota sofrida pelo governo na eleição do comando da CPI mista do INSS, que passou para as mãos da oposição, tornou ainda mais desafiadora a tarefa de trabalhar pelo andamento de dez Medidas Provisórias que tramitam em outras comissões mistas no Congresso.

Os governistas, que consideravam enfrentar uma CPI menos atribulada, agora fazem um realinhamento estratégico depois de serem surpreendidos pela eleição de dois oposicionistas para a presidência e a relatoria do colegiado: o senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, e o deputado Alfredo Gaspar, do União Brasil de Alagoas.

A coordenação da base do governo na CPI ficará a cargo do deputado Paulo Pimenta, do PT do Rio Grande do Sul.  O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, do PT no Amapá, integra a tropa do choque do governo na comissão, mas como suplente. Ele deverá se dividir entre a tarefa de apoiar o governo na CPMI e atuar pela aprovação das MPs.

Entre as medidas provisórias hoje em análise por comissões mistas do Congresso está a que cria o Programa Agora Tem Especialistas e viabiliza o credenciamento de hospitais privados para atendimento pelo SUS. A comissão fez uma das três audiências públicas previstas pelo relator em seu plano de trabalho.

Outro exemplo é a MP que destina R$ 3,3 bi ao Ministério da Previdência para ressarcimento dos beneficiários de aposentados que sofreram descontos indevidos em seus benefícios.

Nessa quarta-feira, 20, o senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, teria reclamado do governo por conta da ausência de ministros em sessão da comissão mista que analisa a Medida Provisória alternativa ao aumento do IOF, presidida por ele.