A recuperação da popularidade de Lula e a liderança dele nas pesquisas de intenção de voto têm feito aliados de Tarcísio de Freitas apostarem em um cenário em que o governador de São Paulo rejeitaria uma “convocação” de Jair Bolsonaro para ser candidato à Presidência em 2026.

Embora o chamado de Bolsonaro tenha fortíssimo apelo, e venha sendo apontado como decisivo ao rumo de Tarcísio, esses interlocutores do governador avaliam que ele não se lançará ao Planalto caso a conjuntura indique, desde os primeiros meses do próximo ano, uma vitória de Lula.

É abril de 2026 o prazo máximo para que Tarcísio defina se deixará o Palácio dos Bandeirantes — caso renuncie, abrirá mão do favoritismo à reeleição em São Paulo para entrar em um duríssimo páreo contra o incumbente petista.

Com os ventos soprando a favor de Lula nesse momento, na visão desses aliados de Tarcísio, quanto mais o ex-presidente adiar sua definição para a corrida presidencial, melhor.  

Em prisão domiciliar há dois meses, Bolsonaro tem sido pressionado publicamente pelo Centrão a indicar logo o seu candidato ao Planalto. Tarcísio é o preferido do grupo, que mantém Ratinho Júnior como segunda opção.