A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) colocou em circulação as metas preliminares do RenovaBio para 2026, antecipando o tamanho da obrigação que recairá sobre as distribuidoras de combustíveis no próximo ciclo do programa.

Na prática, os números indicam quantos Créditos de Descarbonização (CBIOs) cada distribuidora terá de comprar no mercado para compensar as emissões associadas à venda de combustíveis fósseis. Esses créditos são negociados na Bolsa de Valores, com preço variável. A meta nacional para 2026 é de 48,09 milhões de CBIOs, valor que serve de base para a divisão das metas individuais entre as empresas.

O cálculo considera a movimentação de combustíveis fósseis informada pelas próprias distribuidoras à ANP, entre janeiro e outubro de 2025, e a participação de mercado de cada uma nesse período.

As metas divulgadas nesta terça-feira, 30, ainda não são finais. A ANP prevê publicar os valores definitivos até março de 2026, quando os ajustes permitidos pelo regulamento poderão ser aplicados.

Criado para orientar a política de descarbonização no setor de combustíveis, o RenovaBio funciona a partir da exigência de compra de CBIOs pelas distribuidoras, conforme metas nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Política Energética.