Enquanto o setor privado comemora a disposição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, técnicos do governo confidenciaram ao PlatôBR que ainda estão “no escuro” sobre uma possível pauta que seria debatida entre os dois.
Integrantes das alas política e econômica defendem que a conversa entre os dois chefes de Estado se concentre exclusivamente nos temas econômicos e tarifários. Segundo os auxiliares de Lula, nas reuniões entre ministros brasileiros e americanos que ocorreram nos últimos meses não ficou claro que assuntos são prioridade para o governo dos Estados Unidos.
Na conversa que teve com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, em julho, o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reforçou a disposição do governo brasileiro de negociar e entender quais eram os pleitos dos americanos. Entretanto, Lutnick não detalhou a pauta.
“A impressão de todos os ministros que participaram das conversas é de que as contrapartes americanas não tinham autorização de Trump para negociar. E esse cenário permanece. Parece que tudo depende do presidente dos Estados Unidos”, disse um auxiliar de Lula.
Mesmo nos temas que parecem naturais a serem debatidos entre os dois presidentes, como a taxação e a regulação de big techs e minerais críticos, não há clareza, por parte do governo brasileiro, de que esses assuntos serão tratados na reunião.