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Apoiada por bolsonaristas, presidente da OAB-RJ sai em defesa de Bolsonaro

Ana Tereza Basílio criticou STF na condução da ação do golpe

Apoiada por bolsonaristas, presidente da OAB-RJ sai em defesa de Bolsonaro

A presidente da OAB do Rio de Janeiro, Ana Tereza Basílio, que teve sua campanha amplamente apoiada por nomes do bolsonarismo, saiu em defesa de Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, 6.

Basílio criticou a condução do Supremo Tribunal Federal na ação sobre o golpe de Estado e disse que o "devido processo legal" deveria ser respeitado "independente (sic) da corrente ideológica dos réus".

A presidente da OAB disse que não existiria justificativa para julgar na Primeira Turma do STF os acusados de crimes contra a democracia, uma vez que outra ação sobre o mesmo tema é julgada no plenário do STF.

A manifestação de Basílio foi em cima de uma reportagem que diz que Bolsonaro pediu para ser julgado no plenário do STF e reclamou da falta de acesso aos autos.

Basílio foi eleita para a presidência da OAB fluminense no dia 25 de novembro de 2024. Durante a campanha, a advogada se filiou à associação de juristas bolsonaristas, a Associação Brasileira de Juristas Conservadores (Abrajuc), e contou com apoio de diversos nomes da direita e extrema-direita. Apesar disso, renegava a proximidade com a o bolsonarismo.

(Atualização. A presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basilio, enviou nota em que afirma que apenas defendeu o “direito fundamental ao devido processo legal, ao comentar uma notícia sobre o julgamento de acusados de crimes contra a democracia pelo STF”. Basilio afirmou não ter defendido ou feito menção a nenhum dos réus envolvidos no processo. “A advogada reafirma o seu compromisso com uma OAB-RJ voltada para a defesa da advocacia e da Constituição, sem qualquer interferência da ideologia ou partido político dos demandados. Ana Tereza Basilio lembra, por exemplo, que criticou, de igual modo e duramente, na mesma rede social, os abusos cometidos pela Operação Lava-Jato contra pessoas ligadas a partidos de esquerda. Direitos fundamentais são de todos, seja qual for a corrente política”, prosseguiu a nota.)

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