Em conversa com a coluna, Guilherme Boulos avaliou as pesquisas que apontam que a maioria da população aprovou a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, na semana passada.

“Quando as pessoas estão sendo vítimas do crime todos os dias, soluções demagógicas ganham espaço. E ganham, por vezes, um apoio quase desesperado das pessoas”, disse o ministro.

Em jantar organizado pela Casa Parlamento, na noite de segunda-feira, 3, Boulos contrapôs a operação no Rio à investigação da Receita Federal e da PF que revelou a ligação do crime organizado com o sistema financeiro.

Para prestigiá-lo, estavam ali o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, e a ministra da Gestão, Esther Dweck.

Boulos destacou também que o momento político vivido pelo país se reflete nessa normalização sobre as mortes na operação policial. “Nós vivemos em tempos difíceis. Tempos em que alguém que defendia a tortura e tinha Brilhante Ustra como herói foi eleito presidente da República”, afirmou.