A última sessão da Câmara antes do recesso parlamentar teve um tom de reação aos reveses políticos sofridos pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele havia enfrentado uma quarta-feira, 16, penosa: suas principais apostas do semestre ruíram na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), dando vitória para o governo no caso do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), e no veto de Lula à proposta que aumenta o número de deputados. 

O troco veio na aprovação de duas pautas drásticas para o governo. A primeira inclui um crédito subsidiado de até R$ 30 bilhões para o agronegócio com verbas de petróleo do pré-sal. Foi aprovada com o placar de 346 contra 93. O texto agora vai ao Senado.

A outra derrota do governo se deu na área ambiental. O texto-base do projeto de lei 2.159, de 2021, que altera as regras para a emissão de licenciamento ambiental recebeu 267 votos favoráveis e 116 contrários na sessão que terminou às 3h43. A proposta segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os dois textos constavam de uma lista de 44 itens. Apesar disso, governistas alegam que não havia consenso entre as lideranças da Câmara de que essas duas matérias entrariam em votação.