PODER E POLÍTICA. SUA PLATAFORMA. DIRETO DO PLANALTO

As duas Déboras Rodrigues que mobilizam os militantes

Hoje, uma Débora Rodrigues é ícone da anistia. Nos anos 90, a outra era 'musa do MST'

Fotos: Reprodução/Internet
Fotos: Reprodução/Internet

Daquelas coincidências que são suco de Brasil. A antes anônima Débora Rodrigues, que virou ícone dos bolsonaristas depois de ser condenada a 14 anos de prisão pelo STF, tem uma homônima que já jogou do outro lado do tabuleiro. Nos anos 90, uma Débora Rodrigues foi descoberta pela imprensa em um acampamento sem terra e acabou se tornando a "musa do MST".

A Débora Rodrigues de agora é a cabeleireira que foi flagrada pichando o monumento da Justiça, na Praça dos Três Poderes, nos ataques de 8 de Janeiro. Está presa e foi condenada na semana passada pelo STF, não só por pichar o monumento e participar dos atos golpistas, mas por ter participado dos acampamentos bolsonaristas e tentado destruir provas. Ela nega.

Já a primeira Débora Rodrigues era uma militante do MST que estava em uma ocupação. Dirigia ônibus e caminhão e cuidava do transporte dos companheiros em Teodoro Sampaio, no interior de São Paulo. Ex-companheiros, aliás: o MST rompeu com ela na época, depois que a jovem decidiu posar nua para a Playboy (foto), em 1997.

Débora virou artista e piloto de Fórmula Truck. Fez fama, apareceu em novelas e integrou o programa “Fantasia”, do SBT. Sua participação mais recente na TV foi no reality "Mulheres ricas", da Band.

Em uma entrevista no ano passado, a Débora Rodrigues do MST disse que participou do movimento sem-terra por necessidade, mas que é mesmo… de direita.

search-icon-modal