Se não tivesse morrido em 19 de janeiro de 1982, Elis Regina já tinha clareza de como seria aquele seu ano profissional. O jornalista Julio Maria encontrou duas agendas que Elis deixou com tudo o que faria naquele ano: como seria o disco que lançaria, os detalhes da turnê de lançamento, para quais jornalistas daria entrevista e até quem seria o fotógrafo que faria a foto da capa do álbum.
O fotógrafo seria Paulo Vasconcellos, que hoje assina Paulo Kawall. Ele é o autor da foto de 1979 que Julio Maria escolheu para ilustrar a capa da nova edição de “Elis — nada será como antes", a ótima biografia que ele escreveu dez anos atrás sobre a cantora. A notícia da nova edição, que tira da capa a palavra “Regina”, foi dada pelo crítico de música Mauro Ferreira, do G1.
Revista e ampliada, a biografia sai em março pela Companhia das Letras e traz até a lista das canções que comporiam o disco de 1982, que nunca foi lançado. E algumas traziam Minas Gerais na veia. Elis gravaria “Tudo o que você podia ser", de Lô e Márcio Borges, e “Canção do Novo Mundo", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos.
