A semana de férias que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tirou agora vai custar mais um desgaste à imagem do governo. Parlamentares da oposição tomaram a tribuna e as redes sociais para criticar o petista, que se ausenta em plena crise do IOF.
“Fugiu — de novo. Mas o problema nem é quando ele tira férias, mas quando ele volta dela”, escreveu no X Nikolas Ferreira, do PL de Minas, com quem Haddad teve um entrevero na semana passada e o acusou de fugir do debate.
O ministro retorna ao trabalho na próxima segunda-feira, 23.
“É sempre assim: aumenta a carga sobre o povo, foge da responsabilidade e some do país. Enquanto isso, o brasileiro segue pagando a conta da gastança descontrolada do governo”, escreveu no X o deputado Coronel Assis, do União Brasil de Mato Grosso.
“Nos próximos dias, esquece. Nós não teremos aumento de impostos”, ironizou Evair Vieira de Melo, do PP do Espírito Santo, no plenário.
E assim o tema seguiu, alimentando o debate na noite desta segunda-feira, 16, alimentando a sessão da Câmara que decidiria pela urgência da votação sobre o projeto que derruba o aumento do IOF proposto pelo governo.
“Todo mundo tem direito a férias, mas não no meio da tempestade. Tenha um pouco de paciência“, disse o deputado Luiz Carlos Hauly, do Podemos do Paraná, na tribuna.
O Ministério da Fazenda enviou uma nota à coluna afirmando que a semana de folga tirada pelo ministro já havia sido informada e é remanescente do exercício de 2023. Informou também que Haddad está em São Paulo, acompanhando os desdobramentos da crise do IOF.
Diz a nota:
“Conforme publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira (12/06), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entra em período de férias entre os dias 16 e 22 de junho de 2025, parte do saldo remanescente do exercício de 2023. O ministro tem buscado concentrar o usufruto de férias em semanas com feriados, como já ocorreu em outras ocasiões, a exemplo da Semana Santa e da Páscoa. A mesma lógica se aplica na escolha da semana citada.”
(atualizada em 17/6, às 16h20)
