A anunciada ausência de governadores de direita no ato de apoio a Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, neste domingo, 3, pegou mal entre aliados do ex-presidente.
Parlamentares próximos a Bolsonaro criticavam nessa sexta-feira, 1º, o que consideram oportunismo desses governadores, alguns dos quais com declaradas pretensões presidenciais em 2026, como o goiano Ronaldo Caiado e o mineiro Romeu Zema. O paulista Tarcísio de Freitas, por motivos de saúde, e o paranaense Ratinho Júnior, igualmente cotados à corrida presidencial, também não vão comparecer.
“Todos eles querem os votos de Bolsonaro, mas neste momento, que é o de pressionar nas ruas e mostrar mais apoio, não estão nem aí”, praguejou um interlocutor de Jair Bolsonaro.
Os mandatários estaduais enfrentam os dilemas entre um apoio aberto a Bolsonaro neste momento, na esteira do tarifaço de Donald Trump, que prejudica as economias dos estados, e uma postura mais contida.
Depois de uma postura contraditória e errática sobre o tarifaço, Tarcísio, por exemplo, tem evitado até falar com a imprensa em agendas na capital. O governador paulista passará por um procedimento médico no domingo.
Proibido por Alexandre de Moraes de sair casa aos finais de semana, o próprio Bolsonaro está impedido de ir às manifestações. Dessa vez, os atos estarão pulverizados pelo país e não vão se concentrar só em São Paulo.