O governo reconhece risco de colapso nas exportações de máquinas e equipamentos voltadas ao mercado americano, que podem ter vendas reduzidas em até US$ 300 milhões. O setor sofre com barreiras técnicas específicas e tarifas internacionais, enquanto programas de incentivo à exportação, como o Reintegra, continuam restritos aos Estados Unidos. Estados como Ceará, São Paulo, Espírito Santo e Paraíba devem sentir mais os impactos.
Segundo Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, o governo vem adotando medidas para proteger a indústria nacional, mas acompanha de perto a situação do mercado de máquinas e equipamentos, voltados principalmente ao mercado americano.
Nesta semana, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) alertou que as vendas externas de máquinas e equipamentos devem sofrer uma redução mensal de até US$ 300 milhões até o final de 2025. O setor aponta um colapso iminente, com exportações sendo praticamente zeradas dentro dos próximos meses.
“Não se consegue vender para outros mercados porque as máquinas têm especificações técnicas muito direcionadas. Não há possibilidade do Brasil comprar essas máquinas, e é difícil encontrar novos mercados devido a essas implicações técnicas. Estamos avaliando continuamente o setor e mantendo diálogo constante com as empresas”, afirmou Lima.
O secretário destacou ainda que programas de incentivo à exportação, como o Reintegra, atualmente se aplicam apenas ao mercado americano, e que Estados como Ceará, São Paulo, Espírito Santo e Paraíba sentem mais os efeitos das tarifas.