O peso econômico das bets no futebol brasileiro se tornou argumento do setor contra o aumento na taxação de seus bilionários ganhos. O apelo é que aumentar impostos colocaria em risco boa parte das receitas dos clubes. Hoje, 18 dos 20 times da Série A têm casas de apostas como patrocinadores master, em contratos que somam R$ 1,1 bilhão por temporada.
A alegação está entre os pontos levantados pelas bets em uma apresentação à imprensa nesta terça-feira, 11.
O setor também afirma que deve gerar em 2025 R$ 9 bilhões em arrecadação, somando impostos, taxa de fiscalização e a contribuição de 12% sobre o faturamento bruto.
Como mostrou a coluna, as entidades do setor vinham atuando para evitar o aumento de carga tributária sob a alegação de que isso ampliaria o mercado ilegal de apostas.
No Congresso, as bets tiveram uma vitória na última semana, quando a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado retirou de pauta a votação de um projeto que dobrava a alíquota das bets de 12% para 24%.
Enquanto isso, tramitam outras propostas. Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, tenta dobrar a tributação sobre a receita bruta das empresas. José Guimarães, líder do governo, propõe reduzir em 10% os benefícios fiscais federais do setor. A Subcomissão de Apostas prepara outro texto, que mira aumento de taxação e destinação social dos recursos.
