Jair Bolsonaro e seus aliados sabiam que as urnas eletrônicas eram seguras, mas ainda assim insistiram em espalhar notícias falsas sobre o sistema eleitoral, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, na denúncia contra Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas enviada ao STF nesta terça-feira, 18.
Gonet afirma na denúncia que, encerrado o primeiro turno de votação, tanto o ex-presidente quanto as Forças Armadas e seus aliados sabiam que não havia falhas nas urnas. A denúncia relembra também os relatórios de fiscalização do Ministério da Defesa, que não encontraram nenhuma irregularidade.
“Apesar disso, a acusação de fraude persistia. Esta era a forma de manter a militância do presidente da República animada, pedindo intervenção militar, em famigerados acampamentos montados em frente a quartéis do Exército em várias capitais do país”, escreveu o PGR na peça de denúncia.
Gonet ressaltou também que a narrativa falsa sobre as urnas era repassada a influenciadores bolsonaristas. Uma vez que Bolsonaro e seus aliados sabiam que não havia fraude no sistema eleitoral, eles precisavam, pelo menos, manter a mobilização popular, afirmou a denúncia.