O Brasil manteve em 2025, até agora, a liderança nas operações de fusões e aquisições na América Latina. De janeiro a setembro, foram 1,3 mil negócios do tipo, que movimentaram US$ 37 bilhões, alta de 5% em volume e 8% em valor em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são de um levantamento da Aon em parceria com a TTR Data e a Datasite.
Enquanto isso, a América Latina registrou queda de 4% no número de operações, embora o valor total das transações tenha subido 24%, para US$ 78 bilhões. Chile, México, Colômbia e Argentina completam a lista dos mercados mais ativos, mas todos com desempenho inferior ao brasileiro.
O relatório apontou ainda que o Private Equity — investimento em empresas consolidadas com foco em expansão ou reestruturação — movimentou US$ 6,3 bilhões, com menos operações, porém de maior porte. Já o Venture Capital, voltado a startups e empresas em estágio inicial, somou 395 rodadas de investimento e US$ 3,5 bilhões.
As aquisições de ativos estratégicos, que envolvem a compra de unidades ou participações específicas consideradas essenciais para operação, cresceram 57% em valor, totalizando US$ 14,4 bilhões. O destaque foi a venda de 70% da Aliança Geração de Energia, da Vale, para a Global Infrastructure Partners, por US$ 1 bilhão.