O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu prazo até o dia 24 de outubro para que 218 empresas do setor pet, entre fornecedores e concorrentes, respondam aos questionários sobre práticas comerciais, cláusulas contratuais e condições de mercado no processo que analisa a fusão entre Petz e Cobasi.
Enquanto isso, a Petlove intensificou sua ofensiva contra a operação. Em nova petição enviada ao Cade, a empresa volta a acusar as rivais de apresentar “estudos descolados da realidade”, com fragilidades metodológicas, que, segundo ela, subestimam o risco de concentração. O documento afirma que, caso a fusão seja aprovada, nenhum outro player teria estrutura para conter eventual abuso de poder econômico da nova companhia combinada.
A empresa também aponta que a metodologia de análise aplicada ao caso dilui artificialmente a participação real de Petz e Cobasi no mercado. Segundo ela, a contagem de pequenos pet shops como competidores diretos “reduz a percepção de concentração” e cria a falsa impressão de que o mercado é pulverizado.
O Cade aprovou a operação na primeira fase do processo, em junho, mas o recurso da Petlove levou o caso ao Tribunal do órgão, onde agora tramita sob análise ampliada.