O vice-presidente Geraldo Alckmin embarca para viagem oficial à Índia, entre os dias 15 e 17 de outubro, com a missão de expandir o acordo tarifário vigente entre o Mercosul e o país mais populoso do mundo. Segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), também chefiado por Alckmin, as duas partes possuem 450 linhas tarifárias e a ideia é aumentar esse número para que mais produtos possam ser negociados com redução de impostos.
O governo brasileiro trabalha para aumentar a venda de proteínas, de aviões da Embraer e de combustíveis para os indianos. Além disso, a ideia é estreitar as relações com a Índia para atrair investimentos em data centers e buscar novos fornecedores de genéricos e insumos médicos.
Apesar de manterem relações diplomáticas há 76 anos, Brasil e Índia registraram uma corrente comercial de US$ 12 bilhões em 2024, valor considerado pequeno quando comparado com economistas como Estados Unidos e China. A meta dos dois países é levar o comércio bilateral para US$ 20 bilhões até 2030.
Em 2024, os principais produtos exportados para a Índia foram: açúcares e melaço (31%), petróleo bruto (23%), gorduras e óleos vegetais (14%), e algodão (3,5%). Na pauta de importações, predominaram compostos químicos (18%), combustíveis derivados de petróleo (6,8%), inseticidas (6,6%) e medicamentos (6,3%).