A eleição do PT confirmou, mais uma vez, a forte influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o partido. Ungido por Lula, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva foi eleito, nesta segunda-feira, 7, presidente nacional da legenda, com mais de 70% dos votos, antes mesmo de finalizada a apuração. A eleição foi feita neste domingo, 6, em todo país, menos em Minas Gerais, terceiro maior colégio eleitoral do partido, que teve o pleito adiado após uma disputa judicial entre as chapas. A tendência majoritária do partido, mais alinhada a Lula, também elegeu a maioria dos presidentes estaduais.
Edinho pertence à corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma do presidente. Ele é considerado um petista mais moderado, defensor da estratégia de ampliação de alianças com partidos de centro e de centro-direita com objetivo de ganhos eleitorais. Ele disputou a eleição com alas mais radicais do partido que lançaram como candidatos Valter Pomar (SP), da Articulação de Esquerda, e o deputado Rui Falcão (SP), da Novo Rumo.
Edinho tem um perfil conciliador e assume o partido com a tarefa de articular alianças para 2026 em torno da candidatura à reeleição do Lula.
Vindo do movimento estudantil, Edinho tem história como liderança no interior de São Paulo. Foi deputado estadual por dois mandatos e, em 2005, chegou à presidência do PT paulista. Ele também foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014 e, depois, assumiu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, cargo que ocupou até o impeachment de Dilma, em 2016. Prefeito de Araraquara (SP) por dois mandatos, foi coordenador, em 2022, do programa de governo do então candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad.