Um dos países mais digitais da Europa, onde 89% das pessoas estão conectadas, Portugal tem uma acirrada disputa de presidenciáveis nas redes sociais. O líder em engajamento é André Ventura, do partido de extrema direita Chega. Mas outros nomes estão ganhando força nas plataformas, como indica um levantamento inédito do Ativaweb DataLab.

Portugal, neste domingo, 11, promove as eleições autárquicas (para as câmaras e assembleias municipais e de freguesias); e a presidencial ocorre no ano que vem. A pesquisa acompanhou oito candidatos. 

Os quatro presidenciáveis com maior engajamento nas redes são, pela ordem, Ventura, o liberal João Cotrim de Figueiredo, do IL, António Filipe, do Partido Comunista Português (PCP), e Luís Marques Mendes, do Partido Social Democrata (PSD). O independente Henrique Gouveia e Melo é o que mais consegue romper bolhas e falar para fora de seu núcleo, seguido de António José Seguro, do Partido Socialista (PS).

A pesquisa levou em conta uma combinação de critérios, como o Índice de Dispersão Nacional (IDN), que é a capacidade de ampliar seu discurso nas redes, o poder de engajamento digital, a análise de sentimento digital, os temas dominantes e a força da narrativa de cada candidato.

Segundo o fundador da Ativaweb, o cientista de dados Alek Maracajá, “enquanto Ventura domina o volume emocional, Cotrim e Mendes crescem com linguagem técnica e credibilidade”. Outro ponto levantado por ele: com altos índices de dispersão nacional, Gouveia e Melo e António José Seguro apontam para uma tendência de despolarização e avanço de perfis cívicos e moderados.