Cerca de metade das 126 poltronas do plenário da Primeira Turma do STF ficaram vazias na manhã desta terça-feira, 22, quando começou a ser julgada a segunda fatia da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre a tentativa de golpe de Estado.
Funcionários do STF acrescentaram 48 cadeiras extras no local para acomodar jornalistas. Esse setor do plenário também ficou parcialmente desocupado.
Apesar da calmaria no local, o esquema de segurança foi aperfeiçoado. Na portaria do tribunal, funcionários colocavam os aparelhos celulares dos visitantes em um envelope de plástico e lacravam, para ressaltar a proibição do uso do equipamento durante a sessão. O aparelho podia ser levado pelo visitante, com o compromisso de manter a embalagem fechada.
Em março, quando foi analisado o primeiro núcleo da denúncia, o plenário da Primeira Turma ficou lotado. Foi montado um telão na sala da Segunda Turma, que fica um andar acima, para o público remanescente acompanhar a sessão.
A presença de Jair Bolsonaro, que foi tornado réu na primeira leva dos julgamentos, animou parlamentares e apoiadores do ex-presidente a comparecerem ao STF. A ausência dele na sessão dedicada ao segundo núcleo da denúncia acalmou os ânimos dentro e fora do tribunal.
Do Congresso, apenas o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) compareceu à sessão. Entre os acusados, a única presença foi a de Filipi Martins, que atuou como assessor para Assuntos Internacionais no governo Bolsonaro.
Ao todo, seis acusados são alvo do segundo núcleo da denúncia - entre eles, o general do Exército Mário Fernandes, apontado como organizador do plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin. A expectativa é que o grupo seja transformado em réu ainda nesta terça-feira.