O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia neste domingo, 13, em Brasília, para liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. O procedimento "de grande porte", teve duração de doze horas e foi realizado sem intercorrências ou necessidade de transfusão de sangue, segundo boletim divulgado às 21h40.

A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino - desfeita na cirurgia - que dificultava o "trânsito intestinal". Bolsonaro foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva do DF Star e se encontrava "estável, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções", ainda de acordo com o boletim.

Um pouco antes da divulgação das informações oficiais, a ex-primeira-dama Michele publicou em uma rede social que a cirurgia havia sido encerrada "com sucesso". A laparotomia exploradora foi decidida depois da realização de exames laboratoriais e de imagem que indicaram uma subobstrução do intestino.

Desde a noite do sábado, 2, Bolsonaro está internado no hospital DF Star depois de ser transferido de Natal, onde chegou na sexta-feira, de helicóptero, após passar mal com fortes dores abdominais quando iniciava uma agenda política na cidade de Santa Cruz, no interior potiguar. Do Rio Grande do Norte ele foi levado em um avião UTI para Brasília.

A laparostomia consiste em um procedimento em que o abdômen é completamente aberto para permitir ao médico acessar órgãos internos para diagnosticar o problema com mais exatidão e tratá-lo.

Antes do início dos procedimentos, o senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanhava Bolsonaro na viagem ao Nordeste, e a própria Michelle Bolsonaro informaram que a intervenção seria longa. Segundo pessoas próximas a Bolsonaro, os problemas que levaram à internação decorrem do atentado a faca que ele sofreu durante a campanha de 2018 em Juiz de Fora (MG). Desde então, o ex-presidente teve internações recorrentes devido a dificuldades de funcionamento do intestino e passou por algumas cirurgias abdominais.

O boletim médico foi assinado pelos médicos Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, Leandro Echenique, cardiologista, Ricardo Camarinha, cardiologista, Brasil Caiado, cardiologista, Guilherme Meyer, diretor médico do DF Star, e Allisson Barcelos Borges, diretor-geral do hospital.