O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada de sexta-feira, 25, em Maceió. Ele se preparava para viajar a Brasília para se entregar à Polícia Federal, mas antes disso foi surpreendido. Ele está na Superintendência da PF na capital alagoana.
Collor deverá ser transferido para Brasília, onde cumprirá pena de oito anos e dez meses em regime inicialmente fechado. Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2023 pelo STF.
A prisão imediata de Collor foi determinada no dia anterior pelo ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou o último recurso ao qual o réu tinha direito.
O STF deve julgar na sexta-feira, 25, se mantém a decisão tomada por Moraes. A sessão será realizada em plenário virtual das 11h às 23h59. A tendência é que os ministros concordem com Moraes.
O processo que ensejou a prisão de Collor é decorrente da Operação Lava Jato. Ficou comprovado que, com a ajuda de dois empresários, ele recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.
A vantagem foi dada em troca de apoio político para indicação e manutenção de diretores da estatal.
Em 1989, aos 40 anos, Collor tornou-se o político mais jovem a ser eleito presidente do Brasil. Foi o primeiro escolhido nas urnas após a ditadura militar. Agora, é o primeiro ex-presidente a ser preso por ordem do STF.