Um delegado da Polícia Federal que se tornou desafeto da Lava Jato no auge da operação acaba de ser aposentado pela corporação por invalidez, por ser portador da Síndrome de Burnout.
Mário Renato Castanheira Fanton denunciava irregularidades na Lava Jato desde o início das investigações e chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal por calúnia, em 2015. A acusação foi feita depois de ele apontar escutas ilegais na cela do doleiro Alberto Youssef.
Fanton se diz perseguido pela operação. O policial processou a União e teve decisões favoráveis, que consideraram haver arbitrariedades contra ele. Em um processo na Justiça Federal de São Paulo, decidiu-se que Fanton deveria receber uma indenização de R$ 66 mil. Em outra ação, o valor estipulado em primeira instância foi de R$ 62 mil.
Antes de ser aposentado, o agora ex-delegado vinha tendo restrições em razão do burnout diagnosticado. Ele não podia fazer trabalho noturno, portar arma e fazer viagens.