Desde que voltou da viagem à Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou praticamente apenas da crise no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de cem pessoas durante megaoperação das forças policiais do estado contra a facção criminosa Comando Vermelho.

Com isso, ficou em segundo plano a indicação de um nome para a vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) aberta com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, afirmaram técnicos do Palácio do Planalto

A avaliação no Planalto é de que Lula concentrará esforços no restante desta semana em articular uma resposta política e com medidas concretas para a crise de segurança pública. Com isso, ficam reduzidas as chances de anúncio imediato do sucessor de Barroso.

A escolha do futuro ministro também depende de uma conversa entre Lula e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato ao posto com as bençãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), e de uma ala do Supremo. O advogado-geral da União, Jorge Messias, é o favorito para a vaga no Supremo.

Lula tem a intenção de convencer Pacheco a disputar o governo de Minas Gerais e há sinais incipientes de que ele pode aceitar a missão, com a promessa de que pode ser indicado ao STF no próximo mandato presidencial do petista, caso não vença a disputa e o presidente seja reeleito.