Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que tentará negociar com os novos presidentes da Câmara e do Senado, para que as emendas parlamentares possam ser modificadas e “subordinadas” a programas do governo para atender a população.
A proposta de Lula sugere que o governo possa mudar as destinações das verbas caso seja necessário. “O governo não tem nada a ver com emendas parlamentares. Agora tem uma decisão do companheiro (Flávio) Dino (ministro do STF). Vamos agora negociar se colocar um acordo definitivo entre a Câmara e Poder Executivo. Se tiver que mudar emenda, vamos mudar emenda subordinada nas áreas de interesse para o povo brasileiro".
O presidente também disse que não vai se envolver na escolha do comando das duas casas do Congresso. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) é o favorito para comandar o Senado e Hugo Motta (Republicanos-PB), a Câmara, na eleição que está prevista para ocorrer no próximo sábado, 1. “Eu não me meto em eleição da Câmara e Senado. O meu presidente do Senado é aquele que ganhar, da Câmara é o que ganhar”, destacou.
Lula também deu um sinal de que não trocará sua articulação política, hoje coordenada pelo ministro Alexandre Padilha (PT-SP), e de que manterá os mesmos líderes no Congresso. Tenho bons líderes no Congresso Nacional e essas pessoas que vão tratar sobre as relações no Congresso.