O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o projeto de lei complementar que ampliava o número de deputados federais de 513 para 531 a partir da próxima legislatura. O prazo para sanção se encerrava nesta quarta-feira, 16. O impacto estimado da medida seria de cerca de R$ 65 milhões por ano, considerando salários, benefícios e estrutura para os novos parlamentares. O projeto também previa aumento de cadeiras nas assembleias estaduais, gerando efeito cascata nos legislativos regionais.

Apesar de defendida por lideranças do Congresso, a proposta enfrentou resistência até mesmo entre parlamentares e foi aprovada em ritmo acelerado: passou no Senado com placar apertado e, no mesmo dia, teve votação na Câmara, antes de seguir para a sanção presidencial.

A decisão de Lula ocorre em um momento de tensão com o Legislativo, após a derrubada do decreto do IOF e em meio às discussões sobre revisão de gastos públicos. O veto será analisado pelo Congresso, que poderá mantê-lo ou derrubá-lo em sessão conjunta. Ao vetar o projeto, o presidente empurrou para o Parlamento o desgaste provocado pela medida, impopular por gerar mais despesas para o governo.