Em Yiwu, cidade chinesa conhecida pelo comércio global de produtos populares, pequenos lojistas passaram a usar inteligência artificial para automatizar tarefas que antes exigiam equipes inteiras. Eles geram descrições de produtos em várias línguas, criam vídeos promocionais, simulam fotos profissionais e respondem clientes de fora da China sem sair da loja. A linha de produção é viabilizada por ferramentas acessíveis de IA, integradas a plataformas como Alibaba e Chinagoods.

O resultado é que o pequeno comerciante se transforma, na prática, numa agência de exportação completa. Em 2024, o comércio entre Yiwu e o Brasil movimentou cerca de 3 bilhões de dólares. A expectativa é de crescimento de 35% ao ano.

Segundo David Li, diretor executivo do Shenzhen Innovation Lab, cresce a procura por soluções que adaptem conteúdo e atendimento ao consumidor brasileiro. A previsão é que esse mercado cresça 25% até o fim da década.

Enquanto a Câmara dos deputados discute regulação no Brasil, pequenos comerciantes operam em escala global na China.