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Como André Esteves aceitou contar sua história em livro

Um dos banqueiros mais importantes do Brasil, Esteves foi convencido pela escritora Ariane Abdallah a abrir o jogo sobre sua ascensão, queda e retorno à alta sociedade em livro que será publicado em maio

Divulgação
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Um dos homens mais poderosos do Brasil, André Esteves, sócio sênior do banco de investimento BTG Pactual, foi convencido pela escritora e jornalista Ariane Abdallah (“De um gole só”, Companhia das Letras), a contar sua história de ascensão, queda e retorno à alta sociedade em livro de 400 páginas que será publicado em maio.

O processo de pesquisa para “De volta ao jogo”, também da Companhia das Letras, se iniciou em 2019, mas, para dar vazão ao tema, Ariane sentia que era fundamental entrevistá-lo logo na largada. Em 2020, agendou uma conversa com Luiz Cezar Fernandes, um dos fundadores do banco, para apresentar o projeto.

Fernandes faria a ‘ponte’ com Esteves, mas contraiu Covid-19, foi internado e ficou por meses inacessível. Em meio à pandemia e sem poder contar com Fernandes, que se recuperava da doença, Ariane procurou o gestor Florian Bartunek, que fez a ponte com Esteves. A escritora encontrou o banqueiro pela primeira vez em 13 de maio de 2021.

A recepção foi morna. Apenas numa segunda conversa, duas semanas após se conhecerem, Esteves topou colaborar com o projeto. “Ele me disse que iria confiar”, diz Ariane. O livro passa por momentos delicados, como o período em que Esteves ficou na mira da Justiça, de sua prisão em 2015 ao arquivamento do processo em 2018, e suas ligações com governos de todos os matizes. “O André respondeu a todas as perguntas. Não teve nenhuma indisposição, mas lógico que alguns assuntos são mais confortáveis do que outros.”

Ariane entrevistou mais de 100 pessoas ligadas à história do banco. Somente Esteves foi entrevistado cerca de 50 vezes. Mas ela conta que o livro, realizado de forma independente, seria feito com ou sem a ajuda dele. “Eu deixei muito claro desde o começo que era um livro independente, mas que seria muito importante ouvi-lo e ter acesso a todos os sócios do banco”, diz ela. “Eu queria contar a história de maneira imparcial, sem juízo de valor, para que cada leitor tirasse suas conclusões.”

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