Divulgada nesta quinta-feira, 9, a pesquisa Genial/Quaest mostrou que Lula abriu uma diferença de 12 pontos contra seu potencial principal adversário em 2026, Tarcísio de Freitas. No PT, a avaliação é que houve uma combinação de fatores para que o presidente chegasse a 41% contra 33% do governador em um cenário de segundo turno. Em maio, pior momento de Lula, Tarcísio empatava tecnicamente com o petista: 41% a 40%, com o presidente numericamente à frente.
O partido considera como acertos de Lula o enfrentamento da ligação do PCC com o mercado financeiro, os programas Gás do Povo e Conta de Luz, a aprovação pela Câmara da isenção do imposto de renda até R$ 5 mil e a busca por taxar os super-ricos. Pesou também a postura de Lula com o discurso da soberania.
Os petistas entendem ainda que a economia tem influenciado na opinião pública, com a indicação nas pesquisas de que o presidente tem reconquistado parte de um eleitorado que tinha perdido, como nordestinos, mulheres e católicos.
Quanto aos problemas de Tarcísio e do bolsonarismo, os petistas apontam tarifaço e atuação de Eduardo Bolsonaro, a condenação de Jair Bolsonaro no STF, a insistência na pauta da anistia, a “PEC da Blindagem” e a crise do metanol. Em todos esses episódios, na avaliação do petismo, Tarcísio tomou atitudes prejudiciais como fazer críticas ao Supremo e aproximar-se da direita mais radical.
O secretário de Comunicação do PT, Éden Valadares, afirmou que o partido não vai aproveitar o momento para intensificar uma campanha contra o governador. “O PT não está fazendo nenhuma ação política ou de comunicação, e acredito que o governo muito menos, para desgastar quem quer que seja”, disse.
De parlamentares a ministros, entretanto, a toada é outra: Tarcísio tem sido criticado insistentemente e é citado negativamente inclusive por Lula.
Para os petistas ouvidos pela coluna, essa desidratação de Tarcísio aumenta as chances de ele ser atacado pela ala bolsonarista que defende outros candidatos, como Eduardo Bolsonaro.