Condenado a 16 anos de prisão e foragido nos Estados Unidos, como revelou o PlatôBR, Alexandre Ramagem já destinou R$ 24,3 milhões em emendas parlamentares em 2025. Desse valor total, R$ 17 milhões já foram pagos.

De acordo com dados da plataforma da Central das Emendas, Ramagem apresentou 12 emendas parlamentares, sendo R$ 2,5 milhões na modalidade das emendas Pix, que são transferências diretas a municípios e estados, sem necessidade de execução de projeto, e R$ 21,8 milhões em emendas individuais.

Área mais presente nos discursos e na plataforma eleitoral do deputado do PL, a segurança pública foi um dos setores que receberam menos recursos das emendas dele, R$ 1,2 milhão, enquanto o desporto, por exemplo, levou R$ 3,5 milhões. Saúde, como é de praxe entre os parlamentares, concentrou a maior parte do dinheiro das emendas de Ramagem, com R$ 14,6 milhões.

Além de destinar emendas de abrangência nacional, como ao setor de Defesa, Alexandre Ramagem favoreceu oito municípios do Rio de Janeiro. A maior dessas dotações foi para Vassouras (R$ 4 milhões), seguida por São João de Meriti (R$ 3 milhões) e Iguaba Grande (R$ 2,5 milhões).

Nessa terça-feira, 25, Alexandre Ramagem se tornou alvo de um segundo mandado de prisão assinado por Alexandre de Moraes, desta vez para cumprir a pena a que foi condenado no processo da tentativa de golpe. Na semana passada, depois que o PlatôBR o localizou em Miami, Moraes já havia mandado prendê-lo preventivamente.

Além da prisão, o ministro do STF também determinou que a Câmara declare a perda do mandato de Ramagem e que o Ministério da Justiça retire dele o posto de delegado da Polícia Federal. No caso da cassação, Hugo Motta disse que ainda vai definir qual será a tramitação. Ao analisar uma situação recente e semelhante, a de Carla Zambelli, também condenada no Supremo e fugida ao exterior, Motta enviou o assunto para análise da CCJ.