Antes de ser destituído da presidência da CBF, na quinta-feira, 15, Ednaldo Rodrigues foi alvo de uma denúncia apresentada junto à Comissão de Ética da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol). Dessa vez, a autora da representação contra o cartola foi a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf). A Conmebol apura as acusações contra Ednaldo, que, nesta segunda-feira, 19, desistiu de voltar ao cargo, como noticiou a coluna.
A denúncia da associação trata de gestão temerária de recursos da CBF, corrupção privada no esporte e violação de “deveres éticos” dos cargos que Ednaldo ocupava na chefia da entidade e como conselheiro da Conmebol.
A Anaf citou o caso revelado pela coluna de que o cunhado de Ednaldo Rodrigues, Ricardo Lima, recebeu R$ 3,6 milhões da CBF entre 2021, e também reportagens segundo as quais o dirigente beneficiou um genro junto à entidade.
A denúncia ainda incluiu a suposta falsificação da assinatura do ex-presidente da CBF Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, no acordo que reconheceu a legalidade da eleição de Ednaldo Rodrigues, em 2022, e permitiu que ele seguisse à frente da confederação.
O caso da assinatura foi o que levou o desembargador Gabriel Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a destituir Ednaldo e nomear Fernando Sarney como interventor responsável por convocar uma nova eleição na CBF.
O pleito marcado por Sarney, no próximo domingo, terá candidato único: Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol. Xaud reuniu apoios de 25 das 27 federações estaduais, o que inviabilizou candidaturas de adversários, e é o virtual novo presidente da CBF.