A CVM fez uma pesquisa para saber o que o público pensa sobre a integridade do mercado de capitais brasileiro. A resposta não foi exatamente animadora. Em uma escala de 1 a 5, o índice ficou em 2,57.

Quando a pergunta foi feita a quem atua dentro do mercado, o resultado subiu para 2,97, um “razoavelmente íntegro”. Mas, para os que declararam não atuar profissionalmente com atividades reguladas pela CVM, a nota caiu para 2,44. O dedo foi apontado principalmente para assessores de investimento e gestores de fundos imobiliários, vistos como elos frágeis da cadeia ética.

Na outra ponta, os reguladores também não escaparam. Supervisão, sanção e proteção legal ao investidor foram listados como pontos críticos — justamente em um momento em que a CVM tenta acompanhar o crescimento do mercado com estrutura ainda limitada.

Bruno Luna, chefe da área de análise econômica da autarquia, tentou ver o copo meio cheio: “O engajamento foi expressivo, e o estudo servirá para fomentar ações que ampliem a integridade do mercado”.